quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Resenha crítica- escolar

Resenha crítica é uma descrição que expõe o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, cinema, obra literária, experiência científica, show, DVD, CD, etc). A apreciação necessita ser elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica. Contém posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do conteúdo e demonstração de sua importância.

Estrutura
Título (o nome da obra ou “resenha critica do livro...)

Introdução:
• No caso de livro: Descrição da obra: nome da obra, quantidade de páginas, autor, ano que foi lançado, editora, opinião em relação à obra.
• Texto avulso (conto ou crônica): o nome do conto e o autor; o que o texto aborda (sobre o que fala); o cenário, o local ou época em que ocorre a história; e os protagonistas da história.

Desenvolvimento1:

• Se texto narrativo único, se faz uma síntese da história;
• Ou faz-se uma descrição do livro se coletânea de contos ou de poemas; comenta-se os temas abordados em geral nos texto que compõem o livro e a provável intenção do autor ao tratar desse temas.

Desenvolvimento2 e 3 (ou mais)
Critica direta à obra; destacam-se pontos fortes da obra e desenvolve-se a critica. Pode-se criticar:
• O tema ou temas abordados e sua(s) relevância(s);
• As ilustrações, se relevante; a linguagem, quando relevante;
• Alguma característica marcante da obra (um romance diferente, tom critico, ironia, etc.);
• Alguma curiosidade sobre a obra ou sobre a composição da mesma;
• Alguma referencia que a obra faça à vida real;
• O tom de denuncia ou conscientização da obra se houver.

Conclusão
Faz à última critica; está é generalizada. Pode-se:
• Comentar a impressão final que o livro causa
• Ou a provável intenção do autor com a obra;

Exemplo de resenha crítica escolar:

Resenha do livro Os contos de Beeble, o Bardo


O livro Os contos de Beedle, o Bardo, escrito por J.K. Rowling, a famosa autora do bruxinho mundialmente conhecido Harry Potter,foi lançado pela Editora Rocco (2008); tem 107 páginas e é direcionado ao público juvenil. A publicação é uma coletânea de contos fictícios direcionados aos bruxos.
O livro de Rowling traz cinco “histórias populares para jovens bruxos e bruxas”, mas que, com as notas explicativas da autora, podem ser perfeitamente lidas pelos “trouxas” (como Rowling se refere às pessoas sem poderes mágicos, como nós). Nessas notas, Rowling esclarece alguns termos próprios do mundo dos bruxos como, por exemplo, “inferi”, que, “são cadáveres reanimados por magia”.
No mundo dos bruxos, Beedle, poder-se-ia dizer, tem a importância do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e suas histórias se assemelham em muitos aspectos aos nossos contos de fada. Aliás, seus contos tiveram o mesmo destino dos nossos contos de fadas, ou seja, caíram no gosto das crianças e, como lemos no prefácio do livro, são usualmente contadas antes de dormir. Ademais, como afirma Rowling, nesses contos, assim como costuma acontecer nos contos de fadas, “a virtude é normalmente premiada e o vício castigado”.
Nos contos de Beedle, no entanto, a magia nem sempre é tão poderosa quanto se pensa: seus personagens, apesar de serem dotados de poderes mágicos, não conseguem resolver seus problemas somente com magia. As histórias mostram, desse modo, que ao contrário do que se pensa, a mágica pode tanto resolver quanto causar problemas ou pode também não ter efeito nenhum.
Quanto às heroínas do livro, elas são em geral bem diferentes daquelas dos contos de fada “tradicionais”, ou seja, ao invés de esperarem por um príncipe que as venham salvar, elas enfrentam o próprio destino. No conto “A Fonte da Sorte”, por exemplo, são as três bruxas, Asha, Altheda e Amata, que procuram (juntas) a solução para seus próprios problemas. Elas buscam amor, esperança e a cura para uma doença na chamada “fonte da sorte”. Ao final da estória, elas alcançam aquilo que desejam, muito mais por méritos próprios do que pela magia das águas da fonte que, mesmo sem saberem, “não possuíam encanto algum”.
Os Contos de Beedle, o Bardo é uma boa opção de leitura para quem busca histórias envolventes, agradáveis e com ensinamentos que de fictícios só tem o contexto . Pena que as 103 páginas do livro acabem tão rápido nos deixando com um gostinho de “quero mais”.

Texto de Leonardo da Silva adaptado por Fabio Cruz

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