sábado, 2 de novembro de 2013

CRÍTICA II DO LIVRO "DIVERGENTE"




Numa sociedade futurista que é subdividida em cinco facções, cada uma com suas próprias características e objetivos, conhecemos Beatrice Prior. Insatisfeita com o modo de vida que leva em sua atual facção, Beatrice toma uma importante e perigosa decisão na cerimônia que define qual facção os jovens escolherão para passar o resto da vida assim que completam os 16 anos. Dentre esses conflitos, Beatrice acaba descobrindo algo que a torna totalmente diferente de qualquer pessoa que ela conheça; algo que a dá poder e capacidade de fazer o que para muitos parece impossível. Mas com o poder, vem o perigo. Mesmo sem saber o significado deste perigo e sem fazer ideia do risco que passa, Beatrice mantém o segredo de todos que ela conhece para proteger a si mesma. Logo suas ações, sejam conscientes ou inconscientes, geram desconfiança em pessoas extremamente poderosas que estão decididas a por um fim na vida da adolescente. Mas que segredo é este? Porque ele é tão perigoso? Porque uma simples jovem de 16 anos atrairia pessoas tão importantes a ponto de quererem tirar sua vida?
Divergente não é um livro ruim.  É claramente uma tentativa de embarcar na onda de Jogos Vorazes, com um cenário distópico e um romance misterioso, utilizando-se de conflitos políticos como background. Beatrice até consegue atrair o leitor para mais perto da história, mas o enredo é lento e fraco, e a maioria dos personagens que morrem se vão antes de conseguirem criar um laço afetivo necessário para criar o choque.
As revelações que supostamente seriam pra surpreender, pouquíssimas vezes criam algum impacto. Muita coisa é previsível, ou simplesmente já estava intrínseca nas páginas e você sente como se não precisasse que aquilo fosse dito para que você soubesse.
O romance, porém, tem um ponto positivo. Quatro, o protagonista, não falha em passar para o leitor sua personalidade rígida que deve ao cargo superior que ele tem na facção, e não parece forçado quando o mesmo começa a “amolecer” seu coração; ou, melhor dizendo, mostrar quem realmente é.
Outra coisa que eu achei legal e bem construída foi a determinação de Beatrice. A garota é esperta, corajosa e um tanto destemida. Sempre se esforçando pra manter seus segredos, até mesmo de seus melhores amigos, nunca esquecendo o perigo iminente ao qual ela está vulnerável.
Tenho visto muita, mas muita gente elogiar Divergente, mas eu realmente não vi nada demais no livro que é o início de uma trilogia. Na verdade fui convencido a ler, acreditando que o livro seria melhor que Jogos Vorazes, o que, querendo ou não, cria uma expectativa um tanto grande (Quem leu Hunger Games deve imaginar).
As primeiras 400 páginas do livro prendem-se a criar tensões que quando chega ao objetivo principal, que é surpreender, acaba falhando. Pouquíssimas vezes Divergente conseguiu tirar um “oh my fucking god” da minha boca, ou me fez querer passar uma noite inteira lendo. Enfim, Divergente é um chove mas não molha que, pelo menos por esse primeiro livro, fez muito burburinho por pouco entretenimento. 

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