Antes de tudo acontecer, Loki havia
sido preso, juntamente de outros monstros, e condenado à eterna tortura.
Entretanto, como ele possuía uma lábia e uma influência que ia muito além de
sua prisão, ele conseguiu instigar vários conflitos entre os seres humanos.
Além disso, havia dois lobos – Skoll e Hati – que
perseguiam incessantemente o sol e a lua, mas sem nunca conseguir alcançar os
astros para devorá-los. Eis que, quando o Ragnorok estava para
começar, os dois lobos finalmente alcançaram o sol e a
lua, fato que mergulhou a Terra em
trevas e que provocou vários terremotos por
Midgard, e isso acabou soltando Loki e os
gigantes de suas prisões.
Os asgardianos, ao saberem do
ocorrido, aliaram-se aos milhares de
guerreiros mortos que repousavam no Valhalla e também
aos diversos espíritos naturais, chamados de Vanas e migraram para o
campo de Vigrid – onde seria tramada a batalha final
que fora profetizada.
Do outro lado, havia Loki e seus
seguidores, além dos mortos que vieram do inferno, e então o grande conflito aconteceu.
Fenrir, um lobo que era filho de Loki e pai de
Skoll e Hati, era o responsável por tomar a vida de Odin em uma
luta que feriu gravemente o grande lobo, mas foi Vidar, um dos filhos de Odin e
superado, em força, somente por Thor, que matou Fenrir. Ao ver
seu pai ser morto pela fera, Vidar rumou para Fenrir com um
ódio único e decidiu matar o lobo por dentro: quando o mesmo tentou abocanhá-lo,
Vidar pisou em sua língua e com sua força empurrou a parte
de cima da boca do lobo para cima até parti-lo em dois.
Thor travou uma batalha com Jormungand, uma
serpente filha de Loki. Thor conseguiu matá-la com sua força e com a
ajuda do Mjolnir, entretanto, antes de morrer, ela acabou mordendo
Thor e envenenando-o, o que acabou resultando na sua morte. Thor não soltou seu
martelo de forma alguma após morrer, e ninguém conseguiu
separar o deus de sua arma.
Loki, finalmente, acabou tendo uma
difícil batalha com Heimdall, o guardião da ponte que levava ao reino dos AEsir,
entretanto, dessa batalha não houve nenhum vencedor, pois ambos acabaram falecendo,
um perante ao outro.
Após, então, inúmeras mortes, principalmente as de Odin e Loki, tudo começou a ruir,
principalmente Yggdrasil, a Árvore dos
Mundos, que havia sido derrubada por Nidhogg que a
roeu por incontáveis anos.
A maioria dos deuses acabou encontrando a morte, mas
alguns deles sobreviveram, como Vidar e Magni – um dos
filhos de Thor. Além disso, um casal de humanos, Lif e Lifthrasi, se
escondeu na carcaça de Yggdrasil e acabaram
sobrevivendo, e foram eles os responsáveis por perpetuar a
espécie humana. Nidhogg, a grande serpente, sobreviveu para que
o equilíbrio do bem e do mal fosse mantido. Um novo sol surgiu das
carcaças e escombros, e do mar surgiu uma nova
terra. Com isso, o Ragnarok se passou, e os principais males foram extintos para
sempre.
Um fato interessante foi que mesmo
ao enfrentar a morte, cada um dos deuses estava sorrindo. Isso porque eles eram um povo
guerreiro e viviam para lutar, e porque uma morte honrosa em batalha era digna de
um lugar no Valhalla, o paraíso nórdico, sem falar também que cada
um cumpriu o seu destino nessa última batalha que reformaria
o universo inteiro.
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