Por: Fábio Cruz
- A leitura é fundamental para o bom desenvolvimento da habilidade da escrita.
- A leitura, além de fornecer ferramentas técnicas que vão servir como referencias para suas futuras produções textuais, provê as informações necessárias para uma boa argumentação.
- Há três níveis de leitura: informacional, crítica e a técnica. Na primeira busca-se somente informações sobre o tema proposto; na segunda já há uma maior preocupação com a interpretação e o processamento dessas informações( Porque o autor afirma isso? Quais suas bases teóricas? Quais o nível de intertextualidade desse texto? De que outra forma isso pode ser entendido?); na terceira busca-se uma compreensão técnica do texto (Como o autor argumentou? Como se dá a organização de suas idéias? Como estão dispostos seus tópicos frasais e como esses são desenvolvidos? Como ele introduz sua tese e como ele conclui sua exposição? O que ele pretende na abordagem dessa temática? O que ele argumenta em torno do tema?).
- O que faz a qualidade de um texto não é a quantidade de informação, mas a forma como essa é apresentada ou argumentada. Numa redação de vestibular reduza a quantidade de informação e aumente o seu poder de argumentação.
- Não há regras para textos dissertativos. A quantidade de parágrafos, de linhas, e o tamanho dos períodos são definidos pelo redator. Há inclusive produções dissertativas acadêmicas que usam a primeira pessoa do singular. Porém, quando se trata de uma redação de vestibular, temos uma quantidade de mínima e máxima de linhas a serem redigidas. O que é absolutamente normal dentro de um processo avaliativo-seletivo. Portanto para esse caso específico, aqui vão umas dicas: 05(cinco) linhas para a introdução e para a conclusão e dois parágrafos de desenvolvimento cada um com uma média de 08(oito) a 10(dez) linhas é um padrão bem adequado para sua redação; use sempre períodos curtos, eles conferem mais clareza e objetividade às suas idéias. Lembre-se: a quantidade maior de linhas deve ficar sempre com os parágrafos de desenvolvimento, pois neles você vai argumentar e defender sua tese.
- Também não adianta se ater a todas essas dicas técnicas se você não consegue organizar coerentemente, com clareza e unidade suas idéias. Planeje, planifique sua redação antes de escrevê-la no papel. Os grandes redatores muitas vezes fazem isso.
- Importante: a leitura não se dá somente com a linguagem verbal escrita. Tudo que você vê e ouve está sujeito à leitura, à sua leitura. Ler é decodificar e compreender. Um anúncio, um outdoor, uma placa de transito, um comercial, uma conversa informal, e até mesmo o mundo virtual da internet, tudo isso está carregado de codificações a serem compreendidas e interpretadas. Portanto, acima de tudo procure lê muito, todo tipo de leitura contribui para seu poder de argumentação.
- Não existe leitura sem compreensão. Só está lido o que está compreendido em sua totalidade.
- Não se engane o mais importante em ler jornais e revistas, não é o nível de informação que você adquire (isso também tem seu grau importância), mas o nível técnico e crítico que você desenvolve lendo-os. Pare e pense: textos dissertativos e argumentativos constituem o foco desses periódicos.
- Se você não prática você não desenvolve bem sua habilidade de escrita. Portanto, deixe de preguiça, e comece a escrever. Tema é o que não falta, basta você olhar o mundo que está ao seu redor.
- A opinião e orientação de um profissional da área podem lhe ajudar muito.
- Ah, já ia esquecendo, você já ouviu falar em Gramática? Pois é ela deve ser seu livro de cabeceira, ela vai lhe ajudar a construir um texto coeso, claro, objetivo e coerente. Se você não gosta dela, aprenda a gostar. Ela vai ser sua melhor amiga no mundo das letras.
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